Entrevista com Vanessa dos Gaviões da Fiel

Hoje em dia como é ser de torcida organizada?
- Pelas histórias que eu ouço dos membros mais antigos da minha torcida, percebesse que a modernização ela facilitou a comunicação e a administração, assim deixando uma acessibilidade para o associado se manter mais presente na torcida. Tenho minhas obrigações como associada, levar o nome da torcida e defende-lá acima de tudo. Ser de torcida é entender que não devo soltar a mão dos meus em nenhuma ocasião. O Corinthians é a nossa razão de viver e por ele devemos muito!

Conta um pouco para nós do Bancada Sul, como é o clima lá?
- Quando entrei na bancada o pessoal me acolheu bastante, me mostrou que o grupo tem um propósito serio e em alguns momentos tiramos nossas resenhas duvidosas e sem limites, deixando o clima do grupo mais leve aos membros.

Quem é a Vanessa fora da bancada?
- Eu vivo de Corinthians, apesar de ser nova ou estou no estádio, ou focando em terminar meus estudos, fazendo de tudo para conciliar as datas de jogos e caravanas com a minha rotina pessoal.

Hoje em dia como é o sentimento de ver a bancada feminina cada vez com mais mina? 
É um sentimento bom, por sentir que estou sendo acolhida por outras mulheres que estão com o mesmo propósito que eu na arquibancada ou nas atividades da torcida.

Conta um pouco para a gente sobre o sentimento de ser um Gavião?
- Os Gaviões é a minha maior escola de vida, é muito além da bancada, é um estilo de vida. A cada experiência te que tenho no dia a dia na torcida, adquiro cara vez mais conhecimento.

E quais estádios você já conheceu? Qual foi o que mais marcou sua vida?
- Eu já conheci além da nossa arena: Maracanã, Mineirão, Canindé, Engenhão, primeiro de maio e el cilindro.
O estádio que mais me marcou foi o Mineirão, por conta da experiência que tive na caravana para lá.

Você já sofreu algum tipo de preconceito por ser de torcida organizada?
- Sim, pela minha família, esse preconceito nunca foi algo que me afetou, me associei com um objetivo e estou por ele ate hoje.

Hoje em dia como é está em uma caravana?
- Viver uma caravana é uma experiência diferente, mesmo que seja em estádios repetidos a experiência nunca é a mesma. 
“Toda caravana tem história para contar”
É aprender o companheirismo, um lugar que ninguém passa fome ou sede sozinho, ou todo mundo come, ou todos passam fome. Sempre tem o que aprender e o que passar adiante.

O que o LHP representa na sua vida?
- O L.H.P são os principais pilares da minha vida, é algo que sempre esteve presente no meu cotidiano

Conta um pouco para nós quais foram os jogos que mais marcaram sua vida?
- Fica meio difícil descrever um jogo em exato, cada jogo te marca de alguma forma.
Um jogo na arena que me marcou bastante foi CORINTHIANS x água santa. Foi o jogo que parei de esperar pelos outros para ir na arena, fui sozinha seguir o que eu mais amo.

Como foi sua escolha da torcida, quais os princípios que tu teve para entrar?
- Eu sempre fui apaixonada pelo Corinthians e os gaviões, sempre quis estar ali, no bloco preto. Comecei a colar e vivenciar a bancada, tive a certeza que ali era meu lugar.

Conta um pouco da sua trajetória junto ao Corinthians?
- Meu primeiro contato com o Corinthians foi ainda pequena, através da minha irmã. Eu via ela torcer, chorar e até mesmo arrumar confusão em casa pelo timão.
Ver toda essa influência pelo futebol em casa me despertou o encanto que carrego até hoje pelo Corinthians.

Como é para Vanessa ver um estádio apoiando o Futebol feminino que por anos foi discriminado no Brasil?
- O futebol feminino, ainda que muito frequentado, possui muitos obstáculos e preconceitos. A importância de sua existência destaca o papel da mulher na sociedade, nos traz segurança ou autoestima ver pessoas como nós fazendo o que amamos.

E para a gente finalizar, como você aconselharia uma mina que está começando e querendo escolher uma torcida para seguir?
- Eu diria para dar as caras e começar a colar, ter certeza do que realmente quer, escolher uma torcida que você realmente se sinta bem e acolhida. Ter responsabilidade é fundamental, camisa de torcida organizada não é a mesma de uma comum do Corinthians! Procurar como surgiu, qual é ideologia, não apenas entrar por posição.

Se tiver a oportunidade não deixar de ir na sede, caravanas e ponto de encontro... A torcida é muito mais que a arquibancada!