Entrevista com Gabi dos Gaviões da Fiel

HOJE NO BANCADA EM FOCO É DIA DE VOCÊS CONHECER A HISTÓRIA DA GABI COMANDINI, A MÃE DE GÊMEOS CONTA COMO É SUA ROTINA EM DIA DE JOGOS CONTA COMO É SER MÃE DE GÊMEOS, ELA FALOU TAMBÉM A REAÇÃO DE QUANDO SOUBE QUE ERA GÊMEOS, GABI É FORMADA EM ADMINISTRAÇÃO E CONTA COMO FOI SUA FORMAÇÃO EM QUANTO ESTAVA GRÁVIDA, ALÉM DE MUITA RESENHA DE CORINTHIANS.

Hoje em dia como é ser mãe e frequentar os jogos? O preconceito ainda reina e a responsa aumenta? 

🔹 É complicado… exatamente pelo preconceito, muitos acham que não é possível ou não é “certo” conciliar filhos x jogos e tem muito julgamento com isso, infelizmente, eu deixo de ir em jogos/eventos do Corinthians por conta disso. Dependendo do jogo preciso que as crianças fiquem com alguém, e quem vê de fora já pensa “larga os filhos para ir pra jogo”, mas esquecem que mãe vive e o Corinthians faz parte da minha história, inclusive da história dos meninos também. 

Hoje em dia como é a logista da Gaby em dia de jogos?

🔹Mano, se o jogo é às 16h, minha rotina já começa umas 8h da manhã kkk, normalmente eu deixo as crianças com a minha mãe, eu já arrumo tudo deles e minha roupa para o jogo, depois levo as crianças na minha mãe, vou para a favelinha, fico um tempo lá, e 1h antes do jogo eu já subo pra arena. Depois do jogo, corro pra casa da minha mãe, pego as crianças e vou pra casa. Sempre tento compensar a minha ausência para os meninos no dia seguinte porque eles acabam sentindo nossa falta. Sempre que é um jogo tranquilo, cedo, não sendo clássico, levo eles com a gente (eu e meu marido). 

De onde surgiu esse amor pelo Corinthians? 

 🔹 Eu sempre me considerei corinthiana antes mesmo de entender futebol, sempre fui muito “moleque” pq cresci com dois irmãos mais velhos, inclusive o mais velho entrou para os gaviões depois de eu encher muito o saco dele, como sempre colei com moleque, o assunto futebol imperava né?! Aí comecei a acompanhar, entender, dar opinião, debater daí quis frequentar os jogos, e esse amor foi crescendo. Eu costumo falar que o Corinthians é realmente a minha história. Meu casamento veio dele, meus filhos vieram dele, devo muito ao Corinthians. 

 

E como foi a escolha pelo os gaviões? E como é ser um Gavião?

🔹Eu sempre achei uma torcida muito linda e com um peso enorme, sempre admirei então quis fazer parte e me associei. Ser gavião é força, potência e respeito. 

Qual o sentimento de carregar o símbolo do Corinthians na pele? 

🔹Pra mim é uma parada de identificação e homenagem. É você olhar para alguém ou alguém olhar pra você e já se identificar só por ser corinthiano também, é daora, pretendo fazer mais tatuagens sobre o Corinthians. 

Sabemos que o momento com nossos filhos são mágicos, mais conta um que fica em top 1? 

🔹Com certeza, são as vezes que os levo na arena, eles frequentem desde o 1º aninho e adoram, olho pra eles tão felizes, isso é muito bom…sei que estão no caminho certo. 

Quando você soube que era gêmeos, qual foi sua reação? 

🔹 Chorei muito kkkk! Fiquei com muito medo de como seria a criação, a parte financeira, se daríamos conta, foi tenso! Depois assimilei e entendi que era um propósito de Deus, ele quis assim. 

(Eu já vejo a futura zaga do Corinthians) 😂

Lembra seu primeiro jogo do Corinthians? E o primeiro jogo em casa, qual foi o sentimento? 

🔹Foi Corinthians x Gre na arena pelo Brasileirão se não me engano, fui com a minha cunhada, fiquei triste porque empatamos e eu saí sentindo que eu era pé frio 😂

Hoje em dia a gente sente um certo preconceito quando falamos que somos de organizada, como você tratar isso? 

🔹E em dobro por sermos mulheres, eu sempre tento mostrar que a organizada é união, é comprometimento com a nossa paixão que é o Corinthians, que é família e muita história que precisa ser respeitada e passada de geração para geração. 

Quem é a Gabi fora da bancada? 

🔹 Eu tenho uma vida muito corrida, é casa, trabalho, filhos, estudo e conciliar tudo acaba sendo estressante, mas tento dar um jeito pra tudo. Tenho muita ajuda do meu marido, que é muito parceiro graças a Deus. Ah, e eu falo muito, adoro conversar kkk

Fala uma resenha top nos gaviões e um jogo que marcou sua vida em Itaquera? 

🔹 A festa do chopp de comemoração dos 50 anos da gaviões, foi daora. 

Acho que o jogo que conheci o Kayque, 04/08/19, jogo contra os porco, foi a partir desse jogo que começou minha história com o Kayque, e os gêmeos vieram 3 anos depois. 

Como é a vida de mãe e querer ir nos jogos? Como vc concilia? 

🔹Puts… é difícil. Nem sempre dá pra ir, depois que eles nasceram, as minhas idas aos jogos reduziram bastante, isso entristece um pouco, não poder acompanhar como eu acompanhava antes mas sempre que dá e que eu consigo, eu tô lá.

Hoje em dia qual é o principal desafio da Gabi? 

🔹 Meu maior desafio é criar meus filhos para se tornarem pessoas do bem, com valores, princípios e claro… com muito Corinthians na vida.

Você possui alguma superstição em dia de jogos?

🔹Acho que não, mas acabo fazendo as mesmas coisas no dia de jogo, não gosto muito de sair da rotina, parece que desconcentra, já acordo numa certa energia e vibração e tento manter isso até o final do jogo. 

Hoje em dia qual seu sentimento como mulher de ver o futebol feminino crescendo da forma que está? 

🔹Conforta saber que estamos sendo representadas, apesar do preconceito que se ainda tem em mulher x futebol. E acho que o futebol feminino tá conquistando seu espaço que sempre mereceu, que isso é só o começo, as minas vão conquistar muita coisa ainda. 

Um assunto chato, porém super importante de se falar, sobre assédio já passou por algo? Que possa falar, qual foi sua reação? Sabe como aconselhar uma mina sobre?

🔹Graças a Deus nunca passei algo muito sério, mas tem as piadinhas né, isso incomoda bastante, mas eu não deixo passar batido e coloco a pessoa no seu devido lugar. E acho que as minas tem que fazer o mesmo e não abaixar a cabeça pra cara escroto! 

Quando você está em Itaquera, qual é seu sentimento de vibrar os 90 min? 

🔹A energia daquela arquibancada é surreal, te faz esquecer de tudo, todos os seus problemas, e a focar apenas num único objetivo que é apoiar o Corinthians, não dá pra explicar a sensação de estar ali a cada jogo, só quem é entende.

Fala um Pouco dos planos e projetos da Gabi? 

🔹Quero continuar buscando ser uma mãe melhor para os meus filhos, crescer na minha carreira, continuar estudando, comprar meu apartamento e envelhecer e colecionar momentos com o Corinthians.

Qual foi o sentimento de ver seus filhos em Itaquera? 

🔹Mano, foi demais, foi uma mistura de felicidade com vontade de chorar, aliás, toda vez que os levo eu sinto isso. É uma certeza de que pelo menos uma coisa eu fiz certo na vida.

E conta um pouco sobre a trajetória sua até sua formatura?

🔹Nossa, acho que uma das partes mais difíceis, pega um pouco pra falar…

Eu consegui uma bolsa integral na Unip de Alphaville que ficava a mais de 40 km da onde eu morava, era muito cansativo sair do trabalho, ir para a faculdade e depois ter que fazer um caminho tão longo até em casa. E na metade da faculdade eu engravidei, mas continuei porque eu não queria perder minha bolsa e eu precisava mais do que nunca me formar para quem sabe proporcionar algo melhor para os meus filhos futuramente… foi tenso! Tive que deixar muitas vezes meus filhos em casa, tinha vezes que eu os via somente 1x no dia, as 6h quando estavam dormindo e eu ia trabalhar, depois só os via no dia seguinte, ou seja, não brincava com eles, não pegava no colo, era difícil… mas graças a Deus, tive forças para continuar e concluir, deu tudo certo 🙏🏻

E para finalizar, qual conselho você daria para as mães que querem seguir o Corinthians ou entrar em uma organizada? 

🔹Vão sem medo, acima de tudo somos Corinthians, Corinthians é vida, amor e história. Ensinem os seus filhos a seguirem esse caminho e a apoiar o maior de todos 🖤