Entrevista com Gabi Gama dos Gaviões
AGORA VIM TRAZER UM POUCO DA HISTÓRIA DESSA CORINTIANA FANÁTICA, NOSSA QUERIDA GABI GAMA, DONA DE UMA PERSONALIDADE UNICA, SEMPRE ALEGRANDO A BANCADA COM SEU SORRISO E SEMPRE PRESENTE APOIANDO O CORINGÃO, ELA FALA UM POUCO DOS DESAFIOS DE SER MÃE E CONCILIAR COM A BANCADA ALVINEGRA, ASSOCIADA AOS GAVIÕES A MAIS OU MENOS 6 ANOS CONTA COMO É PARTICIPAR DA BANCADA MOSTRA O RESPEITO E CARINHO QUE ELA RECEBE DE TODOS LA, GABI TAMBÉM FALA UM POUCO SOBRE SEU PAI, SUA MAIOR INSPIRAÇÃO COMO TORCEDORA.
- Minha família toda é coringão, mas minha memórias afetivas são com meu pai, assistia os jogos com ele juntos, era aquelas crianças raiz de ficar em boteco comendo tira gosto enquanto ele bebia, vias quase todos jogos juntos quando ele estava em casa e aí o resto já sabe. kkk
Conta um pouco da sua história nos gaviões?
- Eu sempre tive vontade de ir, mas prometi pro meu pai que só ia encostar quando pudesse me bancar,2017 tive a oportunidade de ir em um jogo convidada por um gavião, fui na sede algumas vezes e me associei, foi exatamente como prometi, quando comecei a fazer meu corre sozinha sem depender de ngm, me associei.
O que te levou a escolher os gaviões da Fiel?
- Não escolhi, fui escolhida kkk
Sempre via os jogos e sempre achei o máximo, a torcida a atmosfera, o andar de preto, andar junto com os meus. É aquilo vc fica fascinado primeiro pelo que vê e depois que faz parte entende um pouco.
Tive oportunidade de me associar em outras torcidas, mas os gaviões me acolheram e lá me senti alguém, tinha um nome, tinha amizade, tinha aonde encostar, ser bem recebida, ouvida e assim foi…
Hoje em dia qual é seu maior desafio sendo mãe e frequentando estádio?
- Meu maior desafio é o julgamento.
Eu divido meu tempo entre ser mãe, ser alguém na vida, trampar, ir em jogo, estar na quebrada, mas nunca vai ser o suficiente.
A sociedade é hipocrisia pura! Se vc não estuda foi burra, se estuda não tem tempo, se trabalha só pensa em vc, se não trabalha não quer nada da vida.
Chegou um momento que abri mão de opiniões e fiz o meu máximo, me divido em 10 se necessário for, meu corre é individual, eu sei o que faço o que vivo e o que sinto, então abri mão de julgamentos e fui viver, quando o barato aperta quem sabe o que vive sou eu e tá tudo certo
Conta um pouco sobre suas amizades da bancada?
Eu sou aquele tipo de pessoa que falo com todos, conheço alguns e ando com poucos.
Fiz muitas amizades, eu sou 0 ou 1.000 na minha vida e na das pessoas que andam comigo.
Tenho um pessoal que encosto junto sempre do Jardim Imperador, ali me sinto “amiga”, dou risada, troco ideia, já chorei várias e várias vezes e você e versa.
Eu vou estar sempre ali pra quem precisar de mim, só não vou mais atrás, a maturidade me trouxe a visão de saber ser pra quem precisa, mas nunca mais que eu posso, é aquilo, o tsunamis vem, eu não vou morrer afogada tentando salvar a todos, mas vou fazer o meu máximo pra quem precisar de mim.
Conta um pouco sobre a influência do seu pai na sua vida como torcedora?
- Meu pai sempre foi e sempre vai ser meu espelho, como ser humano, como profissional, como homem, quero um dia ter alguém comigo como ele foi pra família dele( minhas irmãs e minha mãe)
Ver os jogos hoje em dia é um misto de felicidade é tristeza, porque aprendi com ele essa parada, segui a caminhada mas não vivenciar com ele me dói muito.
Tínhamos o sonho de ver um jogo em estádio, eu consegui realizar, não com ele, mas por ele.
Tenho ótimas memórias e quero ter quantas mais forem necessárias, se um dia nos encontramos eu sei que ele vai se orgulhar.
Qual momento mais marcante os gaviões te proporcionam?
- Meu, todos os jogos kkk
Eu me arrepio em todos, choro cada perda (e nas vitórias também)
Estar ali, mesmo cansada, feliz ou triste é emocionante!
Não tem como mensurar é como saltar de pára-quedas, cada jogo é uma adrenalina.
Já sofreu algum tipo de preconceito por ser de organizada?
- Já sofri, acredito que todos nós.
Em trampo mesmo, já fui humilhada e escutei coisas por gostar de ir jogos.
Já levei apavoro de PM voltando de jogo sozinha a noite, é embaçado, te veem ali como um nada, mas tem que saber separar, infelizmente a vida é assim mesmo, o pré julgamento acontece antes do abrir a boca.
Conta um pouco sobre você quem é a Gabi fora da bancada?
- É difícil falar sobre si mesmo kkk
É uma mistura de me sinto foda e sou apenas mais uma.
Só sei que meu coração é bom, ofereço pro mundo o meu melhor e espero receber exatamente isso em troca.
Quais estádios você conhece?
- Fui poucos jogos fora de casa, peguei mais copinha em 2017/2018.
Caravana é impossível devido aos meus filhos.
Hoje em dia o que vc tá achando do aumento das mina na bancada?
- Mulher em jogo sempre existiu, acho hipocrisia esse papo de que mina tá chegando agora.
Certo que estádio é dominantemente masculina, não significa que a mulher não se fazia presente.
Acho importante, em um mundo que a gnt sabe bem como funciona conquistar o seu lugar e saber que vc pode estar ali, o importante é sempre fazer sua parte, saber chegar e sair, ir com um propósito.
Assunto chato de se falar mais necessário, já passou por algum tipo de assédio ou presenciou algo que possa comentar sobre?
- Já passei sim, assim como toda mulher no Brasil.
Dentro da torcida o ritmo é totalmente diferente, então ali sempre fui respeitada, mas indo pra jogo, estádio é complicado
Como é a vida de ser mãe?
- É muito doido kkk
Meus filhos estão crescendo, tendo as opiniões, vontades .
Eu costumo dizer que ainda bem que fui mãe nova, se fosse mais velha eu não ia aguentar kkk
Eles são muito parceiros e eu deles, são meu Porto Seguro e ao mesmo tempo me levaram a loucura.
Mas sou uma pessoa melhor todos os dias por eles, porque quero que tenham a mesma visão de mim que tive dos meus pais.
Como é conciliar sua vida de mãe com os jogos do Corinthians?
- É uma loucura kkk
Mas tenho uma rede de apoio, meus filhos tem com quem ficar e eu com quem contar.
Faço o que posso pra encostar e quando não posso também tudo certo.
É como diria Flávio de Lá Selva né, primeiro a família, estudar, trabalhar e depois o Corinthians.
O que é ser um gavião?
- Ser um Gavião é mais que comprar uma oficial na sede, é um trampo de caralho, é muitas vezes abrir mão de ser você pra ser um de nós, respeito demais o trampo de quem tá ali TODO OS DIAS, eu dou o meu máximo é já é difícil conciliar.
Mais é muito louco !
Você chegar e ser conhecido, saberem seu nome, trocar uma ideia, falar de Corinthians, escutar umas ideia que muda até mesmo o seu pensamento, é respeitar, é escutar mais que falar.
É vivências de verdade, tem que saber seu papel e fazer aquilo que pode, um pouco de todos, vira um muito.
Qual seu maior desafios pessoal?
- Meu maior desafio pessoal é ser feliz, já passei várias e várias coisas, e hoje em dia minha preocupação é essa, ser e estar bem.
Não existe ninguém que viva sorrindo o tempo todo, isso não é felicidade é desespero, então minha meta é estar bem e isso é só.
E para finalizar, pode aconselhar uma mina que tá começando hje na bancada? A como escolher uma organizada e tudo mais?
- Meu conselho é faz o seu !
Não importa se não pode ir em todo jogo, não importa se vai sozinha ou acompanhada, não importa se namora ou não.
Faz por você e pelo Corinthians! Saiba entrar e sair de qualquer lugar, se imponha sem medo de críticas, escuta mais do que fale, mas quando falar seja sempre contundente, organizada não é brincadeira, faça seu máximo sempre, se tiver dúvida pergunte, alguém sempre vai trocar uma ideia com você.
A sede é chamada de ninho não à toa, somos todos ali em prol de um ideal, então esteja juntos dos seus, escute e vivencie pra que esteja preparada.
Gabi vc e fooda ! 👏🏽👏🏽
ResponderExcluirGabi e foda . Máximo respeito
ResponderExcluirHumildade pura. 👏🏽👏🏽🦅