Entrevista com Núbia Napolitano dos Gaviões da Fiel
Boa, primeiramente é uma satisfação vir contar um pouco da minha caminhada.
Hoje em dia como é ter tatuado o símbolo do Corinthians na pele?
- Ter o símbolo do Corinthians tatuado na pele, para mim é uma forma de mostrar em todos os cantos o quão grande é minha paixão pelo CORINTHIANS e principalmente eternizar essa paixão na pele.
De onde surgiu esse amor pelo Corinthians?
- O amor pelo time vem desde o berço, é de família, está no sangue.
Como foi sua escolha pelos Gaviões? Qual foi as principais características da torcida que mais te chamou atenção?
- Quando comecei a frequentar jogos e colar com a torcida tive a oportunidade de conhecer um pouco de cada uma, mas nos Gaviões eu me identifiquei pelo peso da farda, pela ideologia e apoio ao clube.
Hoje em dia, como é para ti, ver na bancada, mais mulheres e cada vez o público feminino ganhando espaço lá?
- Acho daora ver as mina ganhando espaço, liberdade para nós!
Fala um pouco quem é a Nubia fora da bancada?
- Fora da bancada eu trabalho, cuido de casa, estudo e fico com a minha família, tradição de Gavião.
Hoje em dia para você como é adaptação da sua vida pessoa fora da bancada, com a vida de torcedora?
- Hoje em dia não colo tanto por conta da correria da vida, mas sempre que posso e mesmo cansada estou apoiando e torcendo, é um pouco difícil conciliar.
E como se formou seu ciclo de amizades dentro da torcida?
- Minhas amizades da torcida é bem mais que isso, além de irmãos de farda eu sei com quem posso contar fora da torcida, mas é inexplicável a sensação de estar na arquibancada com os parceiro e parceira no mesmo ritmo que você.
Fala um pouco de como é adaptar o relacionamento com a bancada?
- Assim que me associei fiquei receosa de fazer amizades, mas graças ao Corinthians só conheci pessoas boas tudo mesma fita.
O que mais estou tendo dificuldade é adaptar o relacionamento com a bancada, ele não é de torcida e não entende muita coisa, isso acaba me afastando um pouco.
Qual um jogo que mais marcou sua vida?
- Um jogo que me marcou foi no dia 09/02/2023, no ABC estádio 1 de maio, São Bernardo x Corinthians. Acredito que para muitos manos e minas essa data também marcou muito, eu só acompanhava as ideias de pessoas mais vividas, só ouvindo e prestando muita atenção, mas esse dia foi a primeira vez que presenciei o que é estar disposto a morrer para defender a torcida, tudo o que aconteceu nesse dia foi marcante e quem estava lá sabe.
Já sofreu algum preconceito por ser de torcida organizada?
- Graças a Deus nunca sofri nenhum tipo de preconceito, pelo contrário as pessoas admiram por eu ser mulher e estar na caminhada, o que para mim é muito gratificante.
O que é ser um Gavião?
- Ser um gavião é inexplicável, mas para mim o principal é ter consciência do peso da farda e praticar o LHP.
Qual o sentimento de ver mais de 40 mil pessoas apoiando o time feminino do Corinthians?
- Ver o time das minas sendo reconhecido e apoiado, com certeza é uma satisfação enorme, nos sentimos representadas.
E hoje em dia, como tu ver todas, essa imposição da PM na festa que a arquibancada faz?
- Vejo Infelizmente de uma forma muito negativa, opressão é a palavra que define.
E mano para fecharmos, conta um pouco sobre sua adaptação a torcida organizada e a vida de uma torcedora organizada
- Ah, para mim o que mais tive que me adaptar é para tomar cuidado com a maldade dos outros tlg, não ficar moscando para não sofrer com a crocodilagem dos cara, aprendi o ato de falar menos e ouvir mais o que me ajudou tanto dentro da torcida quanto fora.
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